segunda-feira, 19 de abril de 2010

FEMINISTA PORÉM FEMININA


Revolução sexual esse é o nome para explicar a atitude feminina de tomar o lugar dos homens, no meu caso uma pré-adolescente que mesmo nunca tendo ouvido falar nesse assunto, tomei feio o lugar de alguns meninos da minha escola.

Não sei se eu era a frente do meu tempo, ums 15 anos atrás, ou se eu era uma sexgordinha muito é da invocada, lembra dos protótipo? pois é desde a época que eram assim eles apanhavam feio dessa que vos fala, minha mãe tinha a esperança de que eu fosse virar uma adolescente meiga, mas ao contrário disso virei uma feminista de mão cheia.

Quando disse que se precisasse dar uma boa escarrada para ficar perto dos meninos, isso era o de menos, o pior era quando eu me envolvia nas brigas e quando eu invocava com um deles pelos apelidos carinhosos que me davam (Free Willy sempre será o pior), aprendi a jogar futebol, lógico que como eu era bem grande ficava sempre no gol, e ser grande me ajudava bastante mesmo, afinal a trave de futebol de salão é bem pequena.

Em um campeonato contra uma outra escola da minha cidade, me deram um dos apelidos que eu mais gostei até hoje, pra não dizer ao contrário, Cadeiruda (uma novela ai da globo que tinha uma doida que atacava os homens), aquele campeonato eu só ganhei pra fazer jus ao meu apelido, o pior foi quando o campeonato acabou que o cadeiruda persistiu por um bom tempo, e ganhei um calo na mão de tanto praticar luta livre nos meninos da escola, afinal eu era a amiga homem que era bacana mas que também sabia bater.

Minha mãe naquela antiga esperança de me transformar em uma lady, me matriculou no balé, a primeira vez que me vi de maio, chorei tanto que nunca mais quis saber daquele colam rosa horrorozo, depois ela me matriculou no Jazz, dai foi até legal, porque foi na mesma época que o filme Flash Dance emplacou, mas me frustrei um pouco, porque não tinha um parceiro de dança que me aguentava pegar no colo pra me girar, até que a dança do ventre veio a calhar, mas disse pra ela que só fazia com uma condição, que eu pudesse fazer judo junto, pra não perder a fama de durona.

Negócio feito com minha mãe: judo, Jazz e dança do ventre, confesso que o mais divertido era o judo, como eu era uma sexgordinha bem grande, não tinha nenhuma menina na minha turma que poderia lutar comigo, então o professor sempre mandava eu lutar com os meninos, e eu adorava, afinal eu estava na minha adolescencia e os meninos já eram da faculdade ( eu fazia judo na Universidade Federal do Estado), comecei a faltar as aulas de Jazz e só queria saber do judo.

Essa postagem não começou com revolução sexual? pois é, eu fui a primeira menina do colégio a fazer uma arte marcial, e me achava por causa disso, e me achava mais quando eu enchia a boca pra falar que eu tinha aula na Universidade. A sexgordinha era besta que só! lógico quem tem pouco, a mínima fama já é a glória, minha popularidade aumentou e a vida melhorou porque as provocações diminuíram, afinal agora realmente a sexgordinha sabia bater.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

A idade problema



Adolescência! quer problema maior? Acho que não existe, ainda mais pra uma sexgordinha...

Lembra dos protótipo? pois é agora eles começaram a ficar interessantes... ainda mais pra mim que viu eles crescendo, pois é minha escola foi a extensão do jardim de infância, os mesmos rostos, as mesmas piadas e os mesmos apelidos. Os suspiros aumentaram, os olhares ficaram diferentes, afinal crescemos.

Meninas evoluem antes dos meninos, surgem então as paixões adolescentes, confesso que pra mim chegou precoce, era apaixonada por um menino lindo da minha turma, mas como as sexgordinhas nessa idade e pra minha infelicidade, eu era a amiga homem dele, não entendeu? pois vou explicar: a amiga homem é aquela que o menino tem papo de menino com ela, porque simplesmente não tem nenhum interesse por ela, saco? é eu era essa dita cuja...e o pior que o menino ERA (porque esse príncipe viro sapo) lindíssimo, e ele pra ajudar falava de outra menina pra mim, aquela magrela, alta, loira e magrela, mas a sexgordinha não deixa por menos, e já que é o único jeito de admirar aquele gatinho era aguentando ele falando das outras, vamos aguentar, e o mais engraçado é que as outras morriam de inveja porque todos os meninos me tratavam como a amiga homem, confesso que pra ter aquele monte de garoto a minha volta se precisasse até dar uma boa escarrada eu dava.

A popularidade era o ponto alto da escolinha, os melhores lanches, a única que tinha a amizade de todos os meninos, a engraçada e simpática da turma, e o big ponto a favor: nunca fui nerd, sempre a brigona e desencanada da geral, mas nerd nunca, não que as notas fossem ruim mas com tanto papo interessante nunca perdi muito tempo estudando (ai como me arrependo disso), a sexgordinha tinha de ser o centro das atenções, como ponto de referência ou a menina do lanche gostoso, não importa, o q importa é a popularidade.

Eis que chega o dia tão temido, o dia que o gatinho lindo resolve ficar com a magrela, alta, loira e magrela (sim repeti para frisar, ela ERA magrela - não é mais), e a sexgordinha amiga homem fica de lado, então a única solução é... achar outro gato lindo de preferência pra não ser mais a amiga homem, mas é difícil demais, confesso que quase fiz um anúncio dizendo: procura-se um menino lindo que se amarre em uma sexgordinha, mas não fiz (que arrependimento), o grande problema é que ficar vidrada só nas beldades esquecemos dos nerds, que apesar de meio desengonçados não nos tratam como amigas homens, pois é encontrei um nerd carinhoso, adorava piadinhas mas agora eu era a amiga sexgordinha abalando geral, e tomando conta do nerd que até era bonitinho.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Animação e Frustação


Rir, a melhor forma de encarar a vida, rindo de tudo e de todos ou correndo atrás do prejuízo...

Nem tudo são flores quando se nasce uma sexgordinha, apesar de te amarem, de te apertarem, de nascer uma tchutchuquinha, a escolinha reserva inimigos terríveis... os meninos.

Quando os homens estão no jardim de infância não gostam nem um pouquinho de meninas, muito menos das sexgordinhas, apesar de fofas, lindas e saudáveis, somos chamadas de: baleia (Free Willy - o pior filme editado em minha opinião), rolha de poço, Laurinha (da novela Carrocel - odiava), Mônica (personagem de Maurício de Souza) e outras coisitas mais q não vou detalhar aqui, pelos nossos queridos protótipos masculinos, mal sabendo eles que um dia nos tornaremos sexgordinhas.

Dias difíceis aqueles, mamãe me deixava na porta da escolhinha e dizia que tudo ficaria bem, que qualquer problema eu poderia falar com a tia que ela resolve tudo, pobres mãe não entendem a mente de uma criança, vai falar pra tia que estão te chamando de baleia assassina pra ver se o resto da turma não vai passar a te chamar também... o negócio é aguentar firme e calada, ou no meu caso, dando porrada... esse sim é o grande privilégio de ser maior que todos, ganha até dos meninos!!! O grande problema é aguentar a mamãe brigando depois, e as mamãe daquele bando de bbs chorões que não aguentam um tapinha da baleia assassina... Ao mesmo tempo era bastante divertido, correr atras da galera, e ser lembrada sempre pelas façanhas da infância, como diz aquele ditado: faça amigos não importa como.

Certa vez no casamento de uma amiga, a mãe de um desses protótipos masculinos, que por sinal evoluiu bastante, chegou pra mim e me perguntou: você lembra de como batia em fulano quando era do Jardim de Infância? Recusei me lembrar até o fim da conversa, e sai de fininho...

O meu jardim de infância era no bairro onde moro, conheço esses protótipos até os dias de hoje e ja se passaram 20 anos desde então, tadinhos, alguns se arrependem amargamente do que me chamaram, afinal uma sexgordinha vale mais do um pacote de ossos, e uma sexgordinha pode sim se transformar em um mulherão, é engraçado ver a reação de alguns quando vêem a diferença, como diz minha irmã : da vontade de tirar uma foto!!!

Desde pequena uma sex gordinha


Olá galera, essa é minha primeira postagem em meu blog sexgordinha!

Desde que me entendo por gente, sempre tive um corpo avantajado, ou diferente dos demais, no dia 15 de maio de 1983 nasce uma sexgordinha, a que vos fala, fui paparicada, como todo bb gordinho é, bochechas apertadas, cachinhos adorados por todos, e curvinhas intermináveis, seria trágico se não fosse cômico.


Poucas pessoas lembram tão bem de sua infância como eu, era de se esperar, afinal minhas bochechas ainda doem só de pensar nos apertões levados, e naqueles beijos intermináveis que minhas tias teimavam em me dar, por mais que eu me desviasse deles.


Apesar de tantos sacrifícios desde essa época nunca abri mão de ser uma sexgordinha, com minhas sainhas rodadas e sapatinhos da última moda, fazia da rua de casa uma passarela, e só pra se amostrar pra geral, fugia de casa para a casa de minha avó, que era em frente, pra abalar, adorava ver a galera da rua falar: que fofurinha!!!! faz bem pro ego até de crianças parar construções.